Embalado pelas batidas do trap e funk, a dupla My e Jay contam neste trabalho a “vivência de cria” da mulher preta periférica
Direto do Vidigal, no Rio de Janeiro, o duo ABRONCA formado por Jay e My lança o álbum de estreia “De Cria pra Cria” evidenciando a vivência da mulher preta e periférica, assim como seus sonhos e anseios. O disco, que chega embalado pelos flows certeiros, beats do trap mesclados ao funk, estreia nas plataformas de música. A faixa-foco, que dá título ao álbum, ganha um videoclipe assinado por Invasori.
Recheado de reflexões sobre a realidade marginalizada pela elite social, “De Cria pra Cria” versa sobre os variados assuntos da vida cotidiana da mulher de comunidade, incluindo o amor, a lealdade, a violência nas favelas do Rio de Janeiro e o desejo de vencer na vida.
Cada música do disco traz um título alternativo que homenageia as mulheres que inspiram a dupla como “FDFD/ DINA DI”, “Vivência de Cria/ Tati Quebra Barraco”. “O álbum DCPC é muito a nossa personalidade, conseguimos mostrar nas nossas letras além da nossa realidade na favela, as nossas referências e inspirações. Citamos e criamos todas as músicas com o intuito de homenagear mulheres que nos inspiraram ao longo da nossa caminhada”, explicaram as mcs Jay e My.
ABRONCA traz uma curadoria de novos artistas que dialogam com a estética sonora deste disco para participar, como Shury na faixa “Vivência de Cria”, Lizzie em “Mega da Virada”, fortalecendo a conexão RJ e BH Iza Sabino em “Ahan”, Didiê em “Perfume” e Lis MC na faixa “Quem não é não se esconde”. Um seleto grupo de produtores musicais também participaram na criação dos beats do DCPC, como CHF, Lastra, djcasdagrock, Honxrio e Biggie Diehl.
“De Cria pra Cria”, que é a faixa escolhida para sintetizar todo esse trabalho, ganhou um videoclipe com a direção assinada por Invasori. “Essa música foi a escolhida para representar o álbum inteiro, falamos de tudo um pouco nessa faixa. Mas na real ela é totalmente a cara do carioca curtindo um final de semana com os amigos, seja no bailão, no churrasquinho na laje, assistindo a um jogo de futebol ou de rolê com o contatinho”, completaram.
O álbum foi viabilizado por incentivos oriundos do FOCA – Fomento à Cultura Carioca, da Prefeitura do Rio.
